terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Atividades complementares - The shape of water (A forma da água)


Lao Tzu, filósofo chinês da antiguidade e fundador do taoísmo, percebia ser a água fluida e macia, mas capaz de desgastar a rocha rígida. Seria esse o exemplo de um paradoxo: o que é suave é forte. Séculos depois o famoso artista e filósofo das artes marcais Bruce Lee, ao desenvolver seu próprio estilo de luta, o Jeet Kune Do, revisitou esse pensamento, ao aconselhar seus discípulos a serem como a água: se você colocá-la em um recipiente, ela toma a forma desse recipiente; além disso, a água pode fluir ou pode destruir.
Elisa Esposito (Sally Hawkings), servente muda de uma base do governo norte-americano na década de 1960. Ela e sua colega e amiga Zelda (Octavia Spencer) presenciam a chegada de uma estranha criatura anfíbia (Doug Jones) capturada na América do Sul pelo novo chefe da segurança do local, Strickland (Michael Shannon). Logo Elisa e a criatura estabelecem uma conexão afetiva.  Enquanto o Dr.Hoffstetler (Michael Stuhlbarg) quer manter a criatura viva e estudá-la, Strickland defende que ela seja dissecada. Há ainda Giles (Richard Jenkins), vizinho e melhor amigo de Elisa, que vive seus próprios desafios de encaixe no mundo.
Dois elementos que estarão presentes ao longo de todo o filme: a água e a cor verde. As rimas visuais envolvendo a água, que passam do cozimento de ovos ao tanque onde a criatura está presa, da chuva que é ao mesmo tempo redenção e ameaça à felicidade da protagonista, são um show particular de Del Toro. A cor, tradicionalmente associada à ciência no cinema, aqui evoca também a origem tropical da criatura e até a simplicidade da guloseima preferida por um dos personagens.


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